sexta-feira, 6 de março de 2009

Eutanásia... Uma nova moda ou apenas um conceito da genuidade do ser?


A tendência para recorrer à eutanásia como meio de resolução de um problema existencial está a ganhar cada vez mais impacto. A eutanásia define-se como uma prática diferenciada que consiste em provocar a morte de um dado indivíduo de uma forma controlada (geralmente pela medicina) para que este encontre, segundo o seu estado cognitivo, a melhor solução para o seu problema existencial. A posição que aqui defenderei é, que a eutanásia deve ser legalizada em Portugal uma vez que ela é uma opção moral e cada um é suficientemente responsável e autónomo para poder optar. Se todos somos livres, então todos temos direito a tomar qualquer decisão independentemente do seu carácter e das consequências envolventes a essa decisão. Em adição a isto, os médicos não têm correspondido aos desejos maioritários dos seus pacientes pois se esta está a ganhar maior projecção opcional os médicos deveriam, em conjunto com as autoridades governamentais, revelar mais empenho sobretudo na medicina paliativa.
Contudo, estou ciente que a eutanásia é uma questão de resolução dificultada pois existem várias refutações a tal problema. Muitas vezes, quem opta pela eutanásia encontra-se num estado " vegetativo" estando, portanto consciente das sensações do mundo exterior e que a eutanásia será a melhor solução para obter felicidade. Contudo, quem se encontra neste estado apenas esta incapacitado fisicamente pelo que poderá arranjar uma maneira de atribuir algum sentido à sua existência mesmo que para isso necessite de um posterior apoio psicológico. Nestes casos, os amigos e a familia desempenharão um papel fulcral e podem sempre ser alvo para uma vida de alguma felicidade. Além disto, a eutanásia é por vezes uma ideia dolorosa para quem acompanha pessoas que se encontrem com um desejo intenso de morrer. Se a eutanásia fosse legalizada, alguém teria de presenciar uma morte o que poderia acarretar problemas do foro psicológico do ser que assiste a este facto. No entanto, a eutanásia pode ser facilmente compreensível e aceitável. Todavia, acho que ela apenas é compreensível numa situação : uma pessoa que se encontre incapacitada fisica e psicologicamente e que não sinta quase nenhuma, ou nenhuma sensação do mundo exterior. Mas uma questão para refutar este exemplo pode ser usada. Se uma pessoa está neste estado, provavelmente gostaria que a eutanásia lhe fosse aplicável mas não tem poder de decisão porque o seu cerebro já não tem qualquer poder sobre a acção. Para responder a esta refutação ao meu exemplo, defendo que todo o ser humano deveria deixar escrito num documento acessível o que gostaria que lhe fosse aplicado, caso se encontrasse nesta situação (eutanásia ou não). Se o sujeito desejasse que a eutanásia lhe fosse concebida nestes extremos, acho que deveria ser aplicável. Em caso contrário, os seus orgãos deveriam continuar a exercer mecanismos até não terem mais capacidade de resposta. Nestes casos, só o individuo-alvo deve decidir e qualquer decisão é aceitável sem qualquer objecção possivel.
Ao longo da vida, o ser humano depara-se com diferentes estados cognitivos do seu ser e deve ter algo que lhe assegure esses estados. Os estados cognitivos maléficos para o individuo em questao devem ser dirigidos segundo as suas opções em intervalos de tempo vitais em que este se encontre dotado de consciência.

Rita

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom! mas tambem ja estou habituada a ver tantos textos bons q daqui em diante darei menos importancia : D

Esta fantastico! <3 *

Anônimo disse...

Ola :D
concordo com o comentario anterior.
isto e realmente algo k fax pensar..
ate porque vejo casos contraditorios, embora tambem tenha consciencia k n se deva comparar os casos assim, pois cada ser humano tem uma forma de encarar as coisas e situaçoes.
Pk pexoas com doencas fatais como o cancro, e k estao avançadas, elas ainda assim tem coragem e força p viver cada dia, com a esperança k irao melhorar..
mesmo vivenciando os ultimos dias!
por ixu axu k a morte n deve ser decidida ate nem por nos proprios....
e sim devemos em vex de tar a dar droga pas pexoas n sentirem nada,, deveriamos sim preocupar em lhes dar atençao k precisam.. e lhes proporcionar bons momentos!
beijinhos

Ana disse...

Gostei muito do texto!
Eu sou completamente a favor da eutanásia!
Já assisti a uma situação de uma pessoa querida que esteve durante mais de ano numa situação de dor muito grande e sempre lutou.
No entanto, no fim ela já só pedia a morte.Por muito fortes que sejamos só quem está na situação é que sabe,como tal,a própria pessoa deveria ter o direito à escolha.
Quem vive com essa dor,sejam a pessoa,sejam os familiares devem ter o direito a uma opção.