Aparentemente, todos os acontecimentos no universo estão determinados por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza. Mas se nos posicionarmos, concluimos que o ser humano também se encontra sincronizado na popular esfera azul e, como tal no universo. É isto que nos levanta muitas dúvidas face à nossa intuição accional, o que faz das acções um problema similar à intacta resolução do problema determinismo versus liberdade. Quanto à minha crónica, afirmo que a maior causa deste problema estar em aberto resume-se à falta de imparcialidade dos deterministas radicais que defendem que em nenhuma situação temporal, possuimos livre-arbitrio e que todo o universo é determinista. Por vezes, o determinismo radical acaba por ser uma teoria auto-refutante; isto porque, para defenderem a sua própria tese tiveram o poder de arbitrar livremente a sua posição. Por outro lado, considero impraticável esta teoria. Não podemos viver sem pressupor que temos algum livre-arbitrio pois se evitarmos acreditar que temos livre-arbitrio, não acreditamos nas nossas acções; acreditar que podemos arbitrar livremente as nossas decisões faz parte do processo de agir. Para dar resposta ao determinismo radical, surgem como alternativa as teorias libertistas e compatibilistas. O compatibilismo é a teoria segundo a qual, o livre-arbitrio é compativel com o determinismo; é quanto a mim a teoria mais plausível em relação à resposta deste problema. Todavia, um libertista afirma convictamente que temos o poder de decidir livremente as nossas acções e que nem todos os acontecimentos estão determinados. No entanto, esta teoria parece filosoficamente incoerente pois muitas vezes decidimos algo, porque esse algo nos proporciona maior felicidade (dito em linguagem corrente, porque esse algo nos convém). Por todas as teses apresentadas e por todas elas serem distintamente diferentes e bem argumentadas e objectadas, o problema parece então continuar infinitamente em aberto. No entanto, apesar de me identificar com o posicionamento compatibilista não consigo deixar de pensar neste problema sem pressupor a existência das teorias exestencialistas(passo a pleonasmo...). O homem não é mais do que o que faz de si mesmo e é responsável por aquilo que é e, portanto só o homem tem a consciência completa da sua existência que derivou racionalmente das acções. No entanto, não se considerão os cidadãos maioritariamente livres?! A hipótese de escolha parece estar presente numa essência constante que acaba por ser peculiar à natural estrutura do comportamento intencional do ser humano, consciente e arbitrário.
Rita
4 comentários:
Como total determinista vou tomar a liberdade (gostaste da antítese? xD)de refutar a tua tese (6)
XDD
PS - Bom pensamento*
ola ..
mais uma boa questao filosofica ..
que mto me confunde ainda, lol
(quero ver entao a tua tese!!) p ver se fico mais esclarecida..
e depois entao adianto-me na questao!
PS - mas acho k defendo os compatibilistas!!! hihi
beijinhs
Olá Ritinha! Decidi comentar o teu texto com uma pequena refutação:
Os desejos e crenças de uma pessoa (o seu comportamento, portanto) são causados por coisas que estão fora do nosso controlo. Não escolhemos livremente os nossos genes ou a sequência de circunstâncias em que crescemos. Se não os escolhemos livremente, porquê afirmar que o nosso comportamento provém de uma escolha livre da nossa parte? Como tornar-nos responsável por acções causadas por acontecimentos sobre os quais não detemos qualquer controlo? Nós não parecemos mais livres do que um computador; sucede que um computador age como age porque foi programado para o fazer, e nós no meu ponto de vista também fomos como que programados, percebes?
Tu bem sabes o que acho sobre isto! Já tivemos montes de discussões destas! Ah e parabéns pelo texto! Imagino-te ontem ate ás tantas em frente ao pc pra relançar de novo a discussão no Miolo :-P
Beijinhos
Vou ter agora um debate sobre este mesmo problema filosófico, e considero que este artigo me vai ajudar grandemente!! :)
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