Hoje é um daqueles dias em que a minha produção intelectual não é explicável. Senti uma vontade enorme de escrever...
Só este pequeno papel é capaz de sentir essa "força".
Sozinho em casa. Quer dizer, sozinho no espírito, porque fisicamente estão todos cá! Não consigo descansar hoje, a cabeça ferve não sei bem de quê. O que mais me apetece é sair aqui de casa e caminhar na rua, agora, à noite.
Saio. Só eu, a rua, a música, o silêncio. Deserto. Nada melhor que um silêncio que assusta...Dez para as duas. Já é tarde e o silêncio já atormenta...Se calhar vou ouvir alguma canção do Manel, sei lá...
Agora caminha numa rua escura, sem um destino, à procura do tal caminha certo...Acho que nunca estive tão perto...Mas será que é esse caminho que quero? Vou lá chegar? Quando?...
Paro, sento-me no passeio. Vejo um reflexo mas não sei de onde vem...Vejo o seu reflexo ali...Sinto o cheiro da sua pele, a vontade de viver, venha lá o que vier, o seu toque mágico...É real? É! É o real é o ideal! Está ali! Vou conseguir finalmente! Vou chegar ao caminho! Nunca estive tão perto...
- João! Acorda! Estás atrasado!
É a minha mãe...Tudo isto foi sonho, ilusão, irreal, fantasia...Não chego lá...
Tenho de voltar ao real...Encarar-la...Lutar...
Bragança
PS: Para eles...Que sempre me ouviram...
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Um comentário:
É... A vida nem sempre é como queremos, mas, contrariamente ao que Fernando Pessoa pensava (E ando assim com Fernando Pessoa :P), todos os nossos sonhos são possíveis. Basta lutar contra o "Mar de Sargaços" e caminhar em direcção ao Sol.
Sei que não é o comentário que mais se assemelha ao que o texto diz, mas uma interpretação mais profunda - diria até, uma interpretação de um amigo - fez-me pensar que estas seriam as palavras que mais precisavas de ouvir ;)
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